Repetições e 'queísmos' revelam pobreza vocabular do candidato. Professora lembra que 'ecos' também não são bem vistos em textos.
A repetição de palavras num texto dissertativo pode retirar pontos preciosos dos candidatos a uma vaga nos vestibulares, nos concursos e no Enem. No Projeto Educação de quinta-feira (6), a professora de redação Fernanda Bérgamo deu algumas dicas de como não fazer feio na produção textual.
Segundo ela, o hábito de usar as mesmas palavras denuncia a pobreza de vocabulário de quem escreve. “A repetição da palavra ‘problema’, por exemplo, é péssima. Porque ela pode ser tão facilmente substituída por empecilho, obstáculo, dificuldade”, sugere Fernanda.
A professora lembra que a repetição só é um problema quando está no mesmo parágrafo. “Em parágrafos alternados, por exemplo, não denuncia empobrecimento vocabular”, lembra. E atenção com as terminações iguais – os chamados “ecos”.
Um exemplo de eco é a frase “A atuação da comunicação diante das denúncias de corrupção...”. Isso pode ser resolvido se o estudante ler mais atentamente o que escreveu, de preferência em voz alta. “Uma leitura atenta e a substituição de alguns termos quebram esse eco”, diz Fernanda.
Outro erro comum dos candidatos é o chamado “queísmo”. Usar “que” várias vezes numa mesma oração, ou num mesmo parágrafo, deixa o texto sujo e pode deixar o leitor perdido nas ideias. “Em lugar de uma oração adjetiva explicativa ele pode utilizar o aposto”, destaca a professora. Por exemplo: “Brasília, que é a capital federal” ficaria “Brasília, capital federal...”.
Mas há casos em que a repetição é necessária, lembra Fernanda. Palavras diretamente relacionadas ao tema devem aparecer sempre. “Se o tema for mulher, por exemplo, a palavra ‘mulher’ tem que ser dita em todos os parágrafos”, diz. E nada de substituir por “sexo frágil”: segundo a professora, essa expressão já virou clichê, ou seja, está desgastada.
Segundo ela, o hábito de usar as mesmas palavras denuncia a pobreza de vocabulário de quem escreve. “A repetição da palavra ‘problema’, por exemplo, é péssima. Porque ela pode ser tão facilmente substituída por empecilho, obstáculo, dificuldade”, sugere Fernanda.
A professora lembra que a repetição só é um problema quando está no mesmo parágrafo. “Em parágrafos alternados, por exemplo, não denuncia empobrecimento vocabular”, lembra. E atenção com as terminações iguais – os chamados “ecos”.
Um exemplo de eco é a frase “A atuação da comunicação diante das denúncias de corrupção...”. Isso pode ser resolvido se o estudante ler mais atentamente o que escreveu, de preferência em voz alta. “Uma leitura atenta e a substituição de alguns termos quebram esse eco”, diz Fernanda.
Outro erro comum dos candidatos é o chamado “queísmo”. Usar “que” várias vezes numa mesma oração, ou num mesmo parágrafo, deixa o texto sujo e pode deixar o leitor perdido nas ideias. “Em lugar de uma oração adjetiva explicativa ele pode utilizar o aposto”, destaca a professora. Por exemplo: “Brasília, que é a capital federal” ficaria “Brasília, capital federal...”.
Mas há casos em que a repetição é necessária, lembra Fernanda. Palavras diretamente relacionadas ao tema devem aparecer sempre. “Se o tema for mulher, por exemplo, a palavra ‘mulher’ tem que ser dita em todos os parágrafos”, diz. E nada de substituir por “sexo frágil”: segundo a professora, essa expressão já virou clichê, ou seja, está desgastada.
07/10/2011
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